Os estudos de associação genômica (GWAS) são frequentemente realizados em traços que são a razão entre dois fatores, como o IMC. O objetivo desse formato é, normalmente, ajustar um traço em relação ao outro. No entanto, essa prática pode não refletir o que realmente ocorre nas associações genéticas, levantando questões importantes sobre as interpretações a partir de tais dados.

A pesquisa revela que formar rações não ajusta o numerador em relação ao denominador de maneira eficaz. As associações que emergem dos GWAS de razão podem ser totalmente impulsionadas pelo denominador, sugerindo que os resultados podem ser influenciados por uma variável de ajuste. Em um estudo com 10 rações exemplares, foi demonstrado que em cerca de um terço dos locais, os modelos de razão e ajustado divergem, resultando em diferentes interpretações dos dados.

O exemplo do IMC mostra que variantes detectadas apenas pelo modelo de razão têm uma associação mais forte com o denominador (altura), enquanto variantes do modelo ajustado se relacionam mais fortemente com o numerador (peso). Embora o modelo ajustado forneça interpretações mais claras nas medidas de efeito, ele também é vulnerável a viés de colidência.

1. As denominações de razão nos GWAS não mantêm o denominador constante.

2. Durante as análises, cerca de 33% dos locais apresentaram divergência entre os modelos de razão e ajustado.

3. Variantes associadas somente ao modelo de razão se vinculam mais ao denominador.

4. O método ajustado é mais suscetível a viés de colidência.

5. Uma nova abordagem para corrigir o viés de colidência foi validada.

Esses achados destacam a necessidade de uma avaliação cuidadosa ao interpretar estudos que utilizam rações. As implicações para pesquisa futura são significativas, sugerindo que se deve preferir modelos que se ajustem de forma mais rígida em relação ao denominador para evitar interpretações errôneas. O uso do método de pontuação poligênica Leave-One-Chromosome-Out é proposto como uma solução para mitigar o viés.

Em conclusão, os estudos de associação genômica que utilizam rações devem ser abordados com cautela, pois podem levar a interpretações falhas devido às associações impulsionadas por variáveis do denominador. A comunidade científica deve considerar novas estratégias para interpretar esses dados de forma mais rigorosa. Para mais atualizações sobre genômica e suas implicações, inscreva-se em nossa newsletter, onde você encontrará conteúdos relevantes todos os dias.

FONTES:

1. bioRxiv

2. The Chan Zuckerberg Initiative

3. Cold Spring Harbor Laboratory

4. Massachusetts Institute of Technology

5. University of Washington