No contexto atual da engenharia de software, a figura do '10x engineer' é frequentemente exaltada, mas Charity Majors propõe uma visão alternativa, enfatizando que a produtividade deve ser medida de forma mais abrangente. O artigo questiona a validade de ter um único critério para avaliar engenheiros, dada a diversidade de tarefas, linguagens de programação e contextos em que atuam.

Majors também destaca que o software é uma propriedade coletiva das equipes, e não de indivíduos isolados. O desempenho de uma equipe como um todo é mais significativo do que a velocidade de um único membro, pois todos dependem de um fluxo de trabalho compartilhado. Assim, mesmo que um engenheiro possa ser extremamente rápido, a entrega final de um software é limitada pelo tempo do membro mais lento.

A autora argumenta que as melhores organizações de engenharia são aquelas que permitem que engenheiros 'normais' realizem um trabalho significativo, ao invés de apenas recrutar os 'melhores' talentos. Ela propõe que a contratação deve se concentrar em encontrar as pessoas adequadas para a equipe e que um ambiente inclusivo pode ajudar a desenvolver engenheiros de alto nível.

1. A produtividade não deve ser medida por métricas únicas.

2. As equipes são responsáveis pelo software, não os indivíduos.

3. Organizações eficazes promovem o trabalho de engenheiros 'normais'.

4. A diversidade de habilidades é essencial para o sucesso.

5. Contratar a pessoa certa é mais importante do que contratar a melhor.

Este enfoque em engenheiros 'normais' pode parecer contraditório, mas Majors acredita que ao adotar uma abordagem que reconhece as contribuições de todos os membros da equipe, as organizações podem cultivar um ambiente onde todos podem prosperar e, consequentemente, desenvolver engenheiros de alta excelência.

- A importância do trabalho em equipe na engenharia de software. - A necessidade de métricas de produtividade mais abrangentes. - Como a diversidade de habilidades pode impulsionar a inovação. - O impacto de um ambiente inclusivo na formação de engenheiros de destaque.

Diante disso, é evidente que valorizar as contribuições de todos os engenheiros pode não apenas melhorar a produtividade, mas também a qualidade do software entregue. Isso desafia a narrativa de que apenas os melhores engenheiros podem ter um impacto significativo na indústria.

Em suma, o artigo de Charity Majors propõe uma reflexão importante sobre o papel dos engenheiros na indústria de software, enfatizando que a verdadeira inovação e eficiência vêm de um esforço coletivo. Ao valorizar as contribuições de engenheiros 'normais', as organizações podem se beneficiar de um ambiente mais inclusivo e produtivo. Para se manter atualizado sobre o tema, inscreva-se em nossa newsletter e tenha acesso a mais conteúdos diários sobre tecnologia e engenharia.

FONTES:

1. Charity Majors no Honeycomb.io

2. Microprocessors

3. IoT

4. Big Tech

5. User Experience