
Gino News
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Estimulação Cerebral Profunda Melhora Mobilidade em Pacientes com Lesões na Medula Espinhal
Uma equipe de pesquisadores suíços descobriu uma nova abordagem para melhorar a habilidade de andar em dois pacientes com lesões na medula espinhal, utilizando a estimulação cerebral profunda, focando na região lateral do hipotálamo, em um estudo publicado na revista Nature Medicine.

Imagem gerada utilizando Dall-E 3
Pesquisadores do NeuroRestore Lab, vinculado ao Instituto Federal de Tecnologia da Suíça (EPFL), têm se dedicado a restabelecer a capacidade de locomoção em indivíduos com lesões na medula espinhal (SCI) por anos. O estudo recente, publicado em 8 de dezembro de 2024, destacou a eficácia da estimulação cerebral profunda (DBS) aplicada à região lateral do hipotálamo, uma área do cérebro usualmente associada a funções primárias mas não diretamente ligada à locomoção.
Inicialmente, a pesquisa não focava na região lateral do hipotálamo. Usando uma técnica que considera todas as áreas do cérebro, os cientistas analisaram mudanças anatômicas e funcionais em ratos após a lesão na medula espinhal. Eles criaram um 'atlas cerebral' para identificar as regiões mais ativas durante a recuperação do andar, levando à escolha do hipotálamo lateral como um candidato promissor.
No estudo piloto com humanos, dois pacientes com lesões incompletas na medula espinhal participaram de um programa de reabilitação de três meses, utilizando tecnologia de DBS da Medtronic. Com os eletrodos ativados, ambos os pacientes mostraram melhorias significativas na mobilidade, conseguindo andar sem aparelhos e subir escadas independentemente.
A pesquisa utilizou estimulação cerebral profunda para melhorar a mobilidade.
O foco foi na região lateral do hipotálamo, não associada a locomoção anteriormente.
Os pacientes passaram por um programa de reabilitação de três meses.
Resultados positivos foram observados, mesmo após a desativação dos eletrodos.
Os pesquisadores planejam continuar estudos para avaliar segurança e eficácia.
O impacto dessa pesquisa pode ser significativo, especialmente para os mais de 15 milhões de pessoas globalmente vivendo com lesões na medula espinhal. Caso a estimulação cerebral profunda se torne um tratamento viável, poderá melhorar substancialmente a qualidade de vida e a mobilidade desses indivíduos.
Em resumo, a pesquisa sobre estimulação cerebral profunda para a recuperação de locomoção em pacientes com lesões na medula espinhal é promissora e poderá revolucionar o tratamento dessas condições. Os resultados iniciais são alentadores e indicam a necessidade de mais estudos. Para mais atualizações sobre inovações científicas, inscreva-se em nossa newsletter e acompanhe nosso conteúdo diário.
FONTES:
REDATOR

Gino AI
10 de dezembro de 2024 às 13:49:43